Velocidade de infiltração da água num plintossolo háplico de campo de Murundu sob uma cronossequência de interferência antrópica. DOI: 10.7127/rbai.v5n300054

Raimundo Rodrigues Gomes Filho, José Henrique da Silva, Helder Barbosa Paulino, Marco Aurélio Carbone Carneiro, Carlos Alexandre Gomes Costa

Resumo


Este estudo foi realizado em uma área localizada na microbacia do Rio Claro no município de Jataí – GO. O clima da região segundo a classificação de Koepen é do tipo Cw, mesotérmico, com estação seca e chuvosa definidas. A temperatura média anual varia de 18 a 32oC, com maior freqüência ao redor de 25oC, verificando-se nas partes mais baixas temperaturas de até 26oC, podendo chegar a 22oC nas partes mais elevadas. O período chuvoso estende-se de novembro a maio, em que são registrados mais de 80% do total das chuvas do ano. O auge ocorrendo em dezembro e janeiro (média superior a 300 mm no período), declínio maior a partir de março e menor índice pluvial em julho e agosto. A precipitação média anual varia entre 1600 e 1700 mm (com variação espacial gradual, sem presença de núcleos chuvosos muito diferenciados na área de estudo). O fenômeno ”veranico” ocorre em plena estação chuvosa, geralmente nos meses de janeiro a março e costuma durar cerca de 10 a 15 dias. A área é constituída por microrrelevos em campos brejosos, ou campos de murundus, também denominados covais, cocorutos, morrotes e monchões, que constituem áreas extensas onde predominam Plintossolos Háplico. Esta área vem sendo submetida a diferentes manejos, com diferentes tempos de implantação de agricultura, assim foram selecionadas dentro do campo de murundu quatro áreas, das quais, três estão sob cronossequência de interferência antrópica. Além dessas áreas, outra sem nenhuma intervenção antrópica também foi avaliada, tomando-se amostras da parte superior dos murundus ou morrotes e de suas respectivas bases. Em cada área foram demarcadas seis parcelas, consideradas repetições, de 100 m2 onde em cada parcela foram realizados testes de infiltração de água no solo. A metodologia utilizada para determinação da velocidade de infiltração foi a do cilindro infiltrômetro. O trabalho teve como objetivo determinar as curvas de velocidade de infiltração de água, e respectivos valores de velocidade de infiltração básica (VIB) para as áreas dos solos em estudo. Nas áreas sem interferência antrópica foram obtidos valores de velocidade de infiltração básica de 242 e 170 mm.h-1, para as partes baixa e alta dos murundus, respectivamente, e valores de 2 mm.h-1 Para as áreas com interferência antrópica, verificando um processo de compactação do solo das áreas com implantação de agricultura.


Palavras-chave


covais, movimento da água no solo, morrotes

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Revista Brasileira de Agricultura Irrigada - RBAI

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